Eu escondi aquelas páginas da minha vida nas quais você se fazia presente.
Quem eu quero enganar?
Aquelas páginas falavam sempre e somente de você.
Eu as guardei com a intenção de não mais recordar-me do seu rosto,do seu jeito e deste teu sorriso desconcertante. Mas eu continuei sofrendo ao pegá-las tantas vezes na caixa de coisas velhas.
Agora não adianta mais guardá-las,o jeito é ir apagando seus vestígios e deixar as folhas rabiscadas de você vazias novamente.
Meu grande desafio agora é resistir ao teu encanto.Não posso me deixar levar pela vontade de escrever-te outra vez nestas páginas. Elas permanecerão um bom tempo sem nada escrito.
Vai ser estranho,eu sei.A solidão já me ameaçou,disse que eu vou acabar vivendo só.
Mas não me deixei amedrontar,pois eu sei que no tempo certo vou encontrar um outro alguém, e vou escrevê-lo com grande apreço e dedicação nestas páginas vazias que você deixou aqui,na minha vida.
sábado, outubro 2
Andei sentindo um gostinho bom...
Tem coisas que a gente não esquece nunca
É coisa gostosa de recordar
dá um vontade inquietante de viver de novo
tudo do mesmo jeito!
São momentos bons
Riso solto
Abraço de urso
Cafuné com amor
Talvez sejam lágrimas eufóricas
Quem sabe uma declaração de amor?
Deixa saudade no peito
Enche a vida da gente com um gosto bom de quero mais.
A saudade aqui não se faz vilã
Ela cordialmente acompanha nossas "coisas" em passeios
nos quais visitam sempre as nossas memórias
perpassam vagarosamente os nossos sentimentos
e eternizam-se no descompasso do coração.
Saudade anfitriã,
estou à sua espera
a porta da memória está aberta.
Ande logo! Não te demores em chegar
para eu sentir o gosto bom que existe no recordar.
quarta-feira, setembro 29
Enfim os 17 ....
Enfim,os meus 17 anos!
Não que eu esperasse ansiosamente por essa idade,mas não achei frase melhor para iniciar o que vou dizer.
Normalmente ao longo da minha vida,o dia do meu aniversário era esperado por mim com a maior expectativa,um mês antes eu planejava os mínimos detalhes. No dia vinte e nove de setembro eu tinha a a obrigação de ser feliz.
Mas aí o tempo passa,e com o seu decorrer eu fui me desapegando a esses detalhes.
Deixei de ficar pensando se alguém iria lembrar do dia em que eu tratava exclusivamente como meu,ficava ansiosa por saber quais presentes ganharia.Isso passou!
Acho que aniversário na tradução da vida escreve-se maturidade, não que obrigatoriamente todas as pessoas amadureçam ao envelhecer.
Eu tornei-me mais madura nas minhas atitudes e até mesmo no meu silêncio.Passei a enxergar a vida e seus obstáculos por um outro ângulo.E se tem uma coisa que a maturidade nos ensina é ter amor-próprio.
Quando se passa dos quinze, deixamos de ser tão egoístas.Não são mais os presentes que iremos ganhar que nos farão felizes naquele dia, e sim o fato de sentir-se amada por algumas (mesmo que pouquíssimas) pessoas.
A minha maior alegria hoje,é olhar-me no espelho e ver o quanto mudei,não é que eu esteja mais bonita exteriormente,é que meus olhos hoje têm um brilho diferente.
Não dá pra explicar é como se a cada ciclo completado da minha existência eu tivesse ganhado um brilho extra nos olhos,um amor novo no peito e uma caixinha de recordações pra recomeçar.
A caixinha é pra não deixar pra trás aquilo que cativei durante toda minha vida e que se tornou essencial,
as coisas que não me servem para nada tornam-se inúteis para mim,e aí a gente joga fora pra aliviar o peso;mas mantém a experiência de tudo o que foi vivido.
Fico feliz hoje por ter quem me quer bem ao meu lado.
Por poder dizer : Deus,muito obrigada!
Por ter uma música boa pra cantar e um abraço de verdade me esperando.
E hoje sei que não há melhor presente para se receber do que um ombro amigo,um cafuné,um abraço e um olhar sem palavras...
terça-feira, setembro 21
E quando eu menos esperava...
A tempos percebi que ela vinha sondando-me e notando detalhadamente cada passo meu.Agora eu sei que ela buscava descobrir minha fraqueza e, quando finalmente encontrou meu calcanhar de Aquiles não demorou muito para revelar-se e roubar-me de mim.
Tão astuta e presunçosa, sequestrou-me e fez-me sentir uma necessidade absurda e sufocante do outro.Eu que costumava viver num mundinho feito por mim e para mim,vi-me ansiando pelos mundinhos alheios que antes eram tão estranhos e inexistentes para meu coração egoísta.
A Carência fez-me abandonar a inércia moribunda em que eu vivia e pôs em meus olhos antes tão embassados,o par de óculos da realidade para que eu pudesse enxergar.
Ela insiste em provocar-me,não deixa-me em paz por um instante e, eu sem armas para lutar contra ela,pois nunca a combati, viro marionete em suas mãos audaciosas.
Eu que antes queria silêncio e solidão,hoje busco cada vez mais um pouco de "gente" por aí.
Eu até pouco tão rígida ao menor contato humano,ando ansiando por um cafuné vagaroso nos meus cabelos anelados,desejando um colo que seja só meu pra hora que eu quiser.
Ah Carência! Não sabes o mal que me fazes!
Com tanto coração chocho e endurecido por aí,fostes escolher logo o meu?
Ele que há tanto tempo não incomodava-me,morria aqui dentro de mim sem ao menos sussurrar um pedido de socorro.
Olha o que fizeste Carência! Despertastes em mim o que eu mesma havia feito adormecer.
Acordaras o meu belo adormecido coração com esse seu beijo instigador.
Agora querida Carência,se queres tanto que eu ame, diga-me ao menos a quem.
Pois se mais uma vez meu coração se machucar,o sono e a tristeza serão mais fortes que tu.
Se ele sangrar minha Carência,mais uma vez adormecerá.E por favor,não venha sondar-me novamente.
E afaste-se com seus beijos!
Meu belo adormecido sente-se melhor assim.
Assinar:
Postagens (Atom)