quinta-feira, fevereiro 23

Doce, não tão doce assim


Tem gente que me prova achando que sou doce
Tem gente que acha que pode se lambuzar
Tem gente que me quer no bolso sempre
pra dar sabor nos intervalos das refeições.

Tem gente que finge gostar de mim assim, tão doce
Tem gente que nem quer experimentar, doce demais enjoa
Tem gente que deixa o doce guardado na geladeira
e quando vai procurar, não encontra mais.

Tem gente que não percebe que não sou tão doce
Tem gente que só sente minha acidez depois que prova
Tem gente que não aguenta nem uma dose de mim
Desse doce, que não é tão doce como pensam.


Vez em quando eu costumo variar 
entre um doce ácido ou amargo no final.
Mas dependendo do paladar de quem prova,
a gente inclui até pimenta.








Deveras, sou rosa!


E quem me vê assim, sempre flor, às vezes se esquece que tenho espinhos. E pior ainda, quando descobre que tenho, subestima-os. Tem gente que me pega com força, acaba me sufocando e ainda se surpreende quando percebe que eu posso ferir e fazer sangrar. O engraçado é que sempre culpam a rosa, sendo que tudo, "exatamente tudo", depende da maneira como a tocam. 
É  tudo consequência, meu caro! 
Aprenda a lidar com uma rosa, e a única coisa que obterá dela, é perfume. Deveras, sou rosa!

Quem costuma ignorar o fato de rosas terem espinhos,
costuma também deixar de colhê-las quando se espeta algumas vezes,
 contenta- se com qualquer flor, desde que ela não lhe ofereça riscos




terça-feira, fevereiro 7

Coração de flor


Se eu lhe oferecer uma flor, 
ó moça bonita!
Dê-me depressa o teu amor.
Pois se dou-lhe flor,
 é por não saber como entregar em tuas mãos
 o meu coração de menino,
que fica nesse desatino
só por te ver passar.

Se eu lhe disser um "Eu te amo"
assim, meio avexado,
ó moço galante!
Dê-me logo um beijo.
Pois quando tu me beija,
parece que diz me amar também
 e de vez em  quando,
eu acho que sinto
esse teu coração de menino
 pulsando nas minhas mãos.

É que quando se ama coração vira palavra,
 pulsando nos versos, na batida de uma canção...

segunda-feira, fevereiro 6

...

 Achei por aí... rs'

Sem amor


O que poderia vir a ser o amor
Se não um cuidado com afinco?

Como cresceria o amor,  assim feito flor
Se um coração não se pusesse a regá-lo?

Como tornaria-se visível o tão falado amor
Se os olhos não brilhassem tanto,
quase como jorrando lágrimas, e lágrimas de felicidade.

Como seria o amor sem verso e prosa?
Como seria o amor sem o querer comum?

Queria mesmo saber...

Só não quero que  atreva-se a  me ensinar
Como seria esse meu amor, sem você.