quarta-feira, setembro 29

Enfim os 17 ....


Enfim,os meus 17 anos!
Não que eu esperasse ansiosamente por essa idade,mas não achei frase melhor para iniciar o que vou dizer.
Normalmente ao longo da minha vida,o dia do meu aniversário era esperado por mim com a maior expectativa,um mês antes eu planejava os mínimos detalhes. No dia vinte e nove de setembro eu tinha a a obrigação de ser feliz.
Mas  aí o tempo passa,e com o seu decorrer eu fui me desapegando a esses detalhes.
Deixei de ficar pensando se alguém iria lembrar do dia em que eu tratava exclusivamente como meu,ficava ansiosa por saber quais presentes ganharia.Isso passou!

Acho que aniversário na tradução da vida escreve-se maturidade, não que obrigatoriamente todas as pessoas amadureçam ao envelhecer.
Eu tornei-me mais madura nas minhas atitudes e até mesmo no meu silêncio.Passei a enxergar a vida e seus obstáculos por um outro ângulo.E se tem uma coisa que a maturidade nos ensina é ter amor-próprio.
Quando se passa dos quinze, deixamos de ser tão egoístas.Não são mais os presentes que iremos ganhar que nos farão felizes naquele dia, e sim o fato de sentir-se amada por algumas (mesmo que pouquíssimas) pessoas.
A minha maior alegria hoje,é olhar-me no espelho e ver o quanto mudei,não é que eu esteja mais bonita exteriormente,é que meus olhos hoje têm um brilho diferente.
Não dá pra explicar é como se a cada ciclo completado da minha existência eu tivesse ganhado um brilho extra nos olhos,um amor novo no peito e uma caixinha de recordações pra recomeçar.
A caixinha é pra não deixar pra trás aquilo que cativei durante toda minha vida e que se tornou essencial,
as coisas que não me servem para nada tornam-se inúteis para mim,e aí a gente joga fora pra aliviar o peso;mas mantém a experiência de tudo o que foi vivido.
 Fico feliz hoje por ter quem me quer bem ao meu lado.
Por poder dizer : Deus,muito obrigada!
Por ter uma música boa pra cantar e um abraço de verdade me esperando.

E hoje sei que não há melhor presente para se receber do que um ombro amigo,um cafuné,um abraço e um olhar sem palavras...


terça-feira, setembro 21

E quando eu menos esperava...


A tempos percebi que ela vinha sondando-me e notando detalhadamente cada passo meu.Agora eu sei que ela buscava descobrir minha fraqueza e, quando finalmente encontrou meu calcanhar de Aquiles não demorou muito para revelar-se e roubar-me de mim.
Tão astuta e presunçosa, sequestrou-me e fez-me sentir uma necessidade absurda e sufocante do outro.Eu que costumava viver num mundinho feito por mim e para mim,vi-me ansiando pelos mundinhos alheios que antes eram tão estranhos e inexistentes para meu coração egoísta.
A Carência fez-me abandonar a inércia moribunda em que eu vivia e pôs em meus olhos antes tão embassados,o par de óculos da realidade para que eu pudesse enxergar.
Ela insiste em provocar-me,não deixa-me em paz por um instante e, eu sem armas para lutar contra ela,pois nunca a combati, viro marionete em suas mãos audaciosas.
Eu que antes queria silêncio e solidão,hoje busco cada vez mais um pouco de "gente" por aí.
Eu até pouco tão rígida ao menor contato humano,ando ansiando por um cafuné vagaroso nos meus cabelos anelados,desejando um colo que seja só meu pra hora que eu quiser.
Ah Carência! Não sabes o mal que me fazes!
Com tanto coração chocho e endurecido por aí,fostes escolher logo o meu?
Ele que há tanto tempo não incomodava-me,morria aqui dentro de mim sem ao menos sussurrar um pedido de socorro.
Olha o que fizeste Carência! Despertastes em mim o que eu mesma havia feito adormecer.
Acordaras o meu belo adormecido coração com esse seu beijo instigador.
Agora querida Carência,se queres tanto que eu ame, diga-me ao menos a quem.
Pois se mais uma vez meu coração se machucar,o sono e a tristeza serão mais fortes que tu.
Se ele sangrar minha Carência,mais uma vez adormecerá.E por favor,não venha sondar-me novamente.


E afaste-se com seus beijos!
Meu belo adormecido sente-se melhor assim.


sexta-feira, setembro 17

Se acaso lembrar-se





Lembra-se daquele dia?
Eu procurava um jeito de dizer-lhe sem palavras o que meu coração pulsava.
Não queria dizer um "Eu te amo" banal,ou melhor,banalizado.
Tentei fazer com que visse em meus olhos,enquanto eles reluzentes e esbugalhados numa timidez sem medida, falavam ininterruptamente,mas você nem sequer fitou-os o suficiente para conseguir ouvi-los.
Meus lábios balbuciavam qualquer coisa e minhas mãos transpiravam um suor frio que me desesperava.
Sua indiferença me confundia me aterrorizava,quem dera eu ser vidente pra desvendar teus pensamentos.Mas o que digo? Videntes nem sequer lêem pensamentos. Estupidez minha,perdoe-me!
Acho que nem deves lembrar daquele dia.Mas eu jamais o apaguei de minha memória.
Naquela tarde de verão,eu recolhi tudo que era meu,os sentimentos sufocados,os beijos apenas desejados,os anseios que me tomavam e toda a dor de amar-te em silêncio.
Talvez tenha sido covardia minha,abandonar o navio em plena tempestade.
Tempestade? Ora essa que tempestade?
O mar em que estávamos nem sequer movia-se,nosso barco padecia no mesmo cais.
Talvez eu tenha errado em desistir.Talvez,quem sabe.
Mas se eu tivesse ficado continuaria alimentando-me de ilusões,recebendo apenas as esmolas que o seu coração me doava sem nem sequer perceber;enquanto meu coração faminto,vivia sempre à espera de mais um pouco.
Acho que foi melhor assim. Acho mesmo.Hoje eu já não vivo mais pensando em você.Ando só,perambulando nesse mundo,matando a cada dia um pouco da vontade e um tanto da saudade que vive em mim.
Saudade de ti?Não meu bem,não a cultivo mais!
Essa saudade tão gostosa e tão cruel que me toma. Ah,essa eu tenho de mim mesma. 

Aliás,lembra-se daquele dia?

segunda-feira, setembro 6

Sem voltas.



Não dá mais pra voltar

 o barco está em alto mar...





Não dá mais pra negar o mar é Deus e o barco sou eu 
E o vento forte que me leva pra frente é o amor de Deus.
Não dá nem mais pra ver o porto que era seguro. 
Eu sou impulsionado a desbravar o novo mundo.


                                     Monsenhor Jonas Abib

Amor é


Sentimento&Pensamento


Quero cumplicidade
 pra junto com a simplicidade
descobrir como ser feliz

Desejo um pouco de temperança 
misturado com uma pitada de lembrança
pra me tornar eternamente  aprendiz

Aprendiz de um professor
Esse tão falado amor
do qual nunca desfiz

Quero achar na correria do dia-a-dia
um motivo real pra minha alegria
 Rir do teu riso e de tudo o que você diz

Preciso de um abraço apertado
um beijo doce e demorado

Talvez precise de você
mas se me perguntar porque, pra que
torna-me-ei infeliz

Porque amor não se conceitua
é muita audácia tua
Achar certo o que a razão diz

Amor é sentimento 
  Pensamento

Quero cumplicidade
 pra junto com a simplicidade
viver a vida como sempre quis.








Estás ajuntando bons vinhos?


Adegas da vida


E é engarrafando amores e lembranças
 que aprendemos a separar a essência do frasco
A adega da vida nos permite guardar tudo
na caixinha de recordações.

Há ótimos vinhos nelas
mas que por um ou mais motivos deixaram de ser tão bons
Existem outros que por mais que deixem um resquício de saudade 
jamais serão provados novamente
Há alguns dos quais é impossível desfazer-se
É indispensável embriagar-se um pouco deles
 todos os dias para continuar a viver.

Engarrafando amores e lembranças
é que construímos nossa história
Cada um traz em si uma adega de sentimentos e recordações
 talvez vazia,um pouco escura,quem sabe esquecida
Mas nunca cheia demais .

Essa adega que se chama coração 
cabe de tudo um pouco
amores imperfeitos 
amigos distantes
pessoas que partiram

o simples perfume de uma flor
o calor de um abraço
coisas boas que ficaram no passado
 as lembranças de um tempo antigo
 no qual  não se pode voltar mais.


Cada um de nós têm sua própria adega...
Alguns a possuem cheia de vinhos: raríssimos,únicos e inestimáveis.
Outros a preferem escura sem uma vida para experimentar.


Dr ª.Razão

 Diagnóstico do amor ...

  
 

Se você teima em repetir sucessivas vezes a você mesmo que não ama ninguém, e tenta convencer-se de que não está apaixonado,eis um sinal de que há algo de errado com seu coração.
Se suas pernas tremem incontrolavelmente perto de certo alguém e, suas mãos desconcertadas buscam a todo instante um refúgio para aquecerem-se do frio que subitamente as tomou, há alguma anormalidade nos comandos do seu cérebro.
Se suas noites não têm sido as mesmas depois de sonhar com alguém.Se você passa horas a pensar em seu sorriso,seu olhar,sua voz .E se tudo no mundo parece não ter mais tanta graça se o outro não fizer parte.
Eis o diagnóstico: O amor bateu em sua porta,você não abriu,então ele resolveu pular a janela e hospedar-se em sua vida!
Daqui em diante os sintomas tendem a intensificarem-se. Você terá uma compulsiva necessidade de ver o outro,de ouvir a voz,sentir o cheiro e fazer parte de tudo o que ele fizer.
Quando os seus olhos começarem a lacrimejar,e você sentir um aperto insuportável no peito acompanhado de uma carência exacerbada e de variação constante do humor.Cante,dance e tome um pote de sorvete.Funciona!
O amor é contagioso, e isso é o que há de melhor.
Não evite quem arranca teus suspiros e nem se afaste,assim você só evitará o contagio e aumentará ainda mais os seus próprios sintomas.
Não adianta tentar fugir do amor,ele é irremediável.O tratamento ainda não está disponível e não há antídotos para os vários tormentos que ele provoca.Mas não se preocupe,tente aproveitá-lo ao máximo, as conseqüências não serão tão ruins assim.
Caso ocorra o contagio,você terá momentos bons a recordar;caso o outro esteja imunizado, você terá muitos lições com as quais aprender nos próximos diagnósticos de sua vida.