sexta-feira, outubro 15

Trafegando pelo caminho da castidade...





Eu ando com pensamentos muito castos ultimamente sabe!
Não que já não os tivesse,o fato é que algumas situações têm chamado minha atenção para esse assunto : CASTIDADE.
Atualmente,nós jovens possuímos uma vida afetiva cada vez mais conturbada e digamos "badalada".Creio fielmente que isso se dê por motivos bem óbvios e visíveis a todos nós,nossa sociedade perdeu alguns valores importantes para a formação de um indivíduo, o homem perdeu ao longo do tempo a concepção de limite que nos dias de hoje significa "aquilo que devo sempre e independente de qualquer coisa superar".
O verbo amar poetizado magnificamente por Drummond tornou-se coisa banal,hoje se ama qualquer um ou qualquer coisa a qualquer momento. 
"Eu te amo!"
Frase bonita que perdeu o seu verdadeiro significado,as pessoas o dizem sem refletir antes o que essas três palavras carregam consigo.Não estou generalizando,é claro que há aqueles que amam verdadeiramente e aprenderam ao longo da vida o que essa frase quer dizer e o peso que ela possui.
Voltando ao assunto principal...
Façamos uma analogia,digamos que nós sejamos pedestres trafegando numa grande rodovia super movimentada de Sampa e que a mesma seja o árduo caminho da castidade.Árduo porque?
Imagine-se no meio da rodovia,é no meio mesmo! Onde os carros passam a todo momento em alta velocidade.Consegue imaginar?
Certamente,você teria grandes dificuldades de continuar aí,caminhado entre eles,em algum instante você poderia se desconcentrar,perder o foco e ... já sabe né?
Os automóveis velozes e numerosos são como as barreiras que encontramos para realmente vivenciar de forma plena a castidade em nossas vidas.
Muitas vezes nos descuidamos e perdemos o foco no horizonte que temos à frente,normalmente as batidas que consequentemente sofremos deixam marcas em nós e muitas vezes difíceis de remover.
Particularizando um pouco a castidade e voltando-a para os relacionamentos afetivos(as paixões),percebemos que o "ser casto" equivale hoje para nossa juventude a " ser careta".
Ninguém é de ninguém! Eis o lema engrandecido pelos jovens.Relacionamento sério hoje é taxado como causador de problemas e nada mais.
Para muitos o verbo ficar substituiu o amar,tornou-se normal beijar várias pessoas em uma mesma noite sem ao menos saber o nome ou manter uma relação vazia com outra pessoa baseada apenas em beijos e carícias.Diálogo? Jamais!
Decididamente isso passa longe do normal!
As pessoas não nutrem mais respeito por si e muito menos pelo outro.Limite?Isso não existe,não é verdade?
Nós jovens queremos nos preencher e não importa como.
As dúvidas nos cercam nesse período de transição.
Quem sou? O que eu devo fazer?Porque isso é proibido e quem disse que é?
Mas necessitamos nos atentar para algo importante,o mundo não liga para os nossos questionamentos,jamais  se iluda achando que ele lhe oferecerá respostas,ao contrário disso, ele lhe dará mais questionamentos.
Viver castidade não significa unicamente dedicar-se á uma vida sacerdotal.Você não precisa ser freira ou padre para ser casto!
Vive-se a castidade no dia a dia,dizendo não a muitas coisas oferecidas pelo mundo,isso não significa que você não irá cair em tentação pois como tantos dizem "errar é humano".Quando se vivencia a castidade,as quedas tornam-se menos impactantes,quem a vive experimenta  a sensação de ter uma base confortável para amenizá-las.
Enfim viver a castidade é o normal!

A castidade se constrói aos poucos,não adianta radicalizar abruptamente. É preciso semear,regar,cuidar e esperar(agindo)para ver a árvore crescer e dar frutos.Mas saiba que em meio aos bons,nascem também os ruins,é preciso separá-los atentamente.É indispensável que você visite sua árvore todos os dias,regue-a mais um pouco, alimente-se de seus "bons" frutos,mas caso você se descuide e acabe consumindo algum fruto ruim,não se preocupe a árvore da castidade também lhe oferecerá uma boa sombra para descansar e refletir.Basta que a cultive dentro de você!



Um comentário:

  1. Hello Milena!

    "Enfim viver a castidade é o normal!"

    Pena que nem todos pensam assim néh? Adorei a analogia (R.s) bjO*

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